Compreender a relevância de análise de informações pode mudar o cenário de uma empresa. A percepção de valor em ter informações consistentes, capacidade analítica e de tomada de decisões são pontos chaves para que as empresas possam tomar ciência do real momento em que vivem, seus principais gargalos e como adotar medidas para melhorias dos seus resultados.
A cultura analítica vem se tornando cada vez mais necessária, seja em soluções que disponibilizem as informações ou no desenvolvimento das equipes para que tenham maior capacidade em analisar informações.
Este é um momento importante para o mercado, ao considerarmos que as empresas têm evoluído para decisões mais acertadas que promovem estabilidade e maior potencial de crescimento.
Porém, neste momento de transição e tomada de consciência de novas possibilidades, o mercado se depara com um modelo em que as tomadas de decisões são baseadas em experiência e intuição do colaborador e um histórico sem muita profundidade e sem riqueza de informação, o que favorece situações em que as escolhas sejam menos assertivas e não gerem os resultados esperados.
Na falta de informações claras que orientem o caminho para os resultados desejados, o futuro das empresas costuma se apoiar no fator humano, que naturalmente pode falhar, devido a capacidade analítica humana ter suas limitações.
Por que o fator humano influencia no sucesso da adoção da Cultura Data-Driven?
Para uma empresa evoluir na cultura Data-Driven existem alguns pontos prioritários para serem desenvolvidos:
- Estruturação dos dados: trata-se da centralização, organização e armazenamento dos dados;
- Soluções visuais: ferramentas que mostram as informações de forma visual para que as lideranças e equipes acompanhem as performances das áreas ou tendências futuras e consigam tomar decisões para melhoria dos resultados;
- Desenvolvimento das equipes: preparação das equipes de apoio e lideranças para compreensão da importância das análises das informações, métodos e interações com a nova cultura.
É muito comum observarmos no mercado empresas adotando as iniciativas para serem mais analíticas e ao realizar os investimentos pensando nos resultados que deveriam retornar no tempo, se frustram e muitos questionam a eficácia das soluções, sem se dar conta que as pessoas envolvidas no processo são peças fundamentais para o sucesso.
Assim como em qualquer ferramenta ou tecnologia empregada em uma operação, o fator humano é a peça chave no processo. Podemos pensar como exemplo na aquisição de um software para gestão de clientes para uma determinada área comercial, onde ele tem como objetivo a captação e administração destas informações, gerir melhor os clientes e oportunidades de negócio. Neste cenário, caso os vendedores não usem a ferramenta para incluir novas oportunidades ou atualizar os avanços com os clientes, a ferramenta fica obsoleta e naturalmente perde a gestão e não consegue ter uma visão clara de resultados e insights que possam favorecer a área.
Como neste cenário, para o sucesso das iniciativas de dados, também é primordial que todos estejam engajados e envolvidos, adotando a postura de buscar informações nas soluções desenvolvidas e lançando mão de padrões como “fazer sempre igual”, “usar a intuição para tomar decisões” e “seguir experiências do passado”.
Os dados gerados pela própria empresa, estruturados e transformados em informações analíticas tem o poder de revelar grandes gargalos que ocorrem sem uma percepção humana de forma natural.
Implementadas as soluções que passam a demonstrar mais claramente os cenários, o papel das equipes é buscar embasamento cotidiano nelas, bem como o principal benefício das gestões é poder analisar de forma rápida, clara e segura o que está sendo mostrado e traçar novos caminhos estratégicos que fomentem melhores resultados.
Unindo os pilares de Estruturação dos Dados correta, Soluções direcionadas e personalizadas para cada empresa e equipe preparada para receber essas informações, a jornada da cultura Data-Driven passa a ser construída e uma empresa mais inteligente, com resultados melhores e performances avançadas começam a crescer no tempo.
Resultados como redução de perdas milionárias em processos logísticos, churn de clientes da área comercial, aumento das vendas ou otimização de processos fabris são apenas alguns dos benefícios colhidos com a adoção de metodologias corretas.
Pessoa com perfil analítico é a única solução?
Sabemos que ao realizar contratações existe uma pluralidade ao que se refere aos perfis dos profissionais no mercado e também desta forma as equipes são moldadas por personalidades diversas que compõem estrategicamente seus times. A variedade de personalidades é vista com bons olhos por consultores especialistas e pelos próprios líderes, por compreenderem que existe uma complementação e maior abrangência de capacidades nas áreas.
Mas, quando pensamos em incorporar a Cultura Data-Driven, que depende muito das análises realizadas pelas pessoas e nem todos do time necessariamente terão este perfil, o que fazer?
Muitas empresas, que vislumbram maior alcance de poder analítico e com ele os resultados têm buscado investir em simultâneo na Jornada de Desenvolvimento dos seus colaboradores, através de programas que estimulem a cultura da análise e conceitos de dados, que variam do básico ao avançado, para manterem suas equipes e ao mesmo tempo usarem os dados como fonte segura e única nas tomadas de decisões.
Desenvolver a capacidade de analisar e trabalhar com dados e com as informações, para encontrar uma solução, são os principais objetivos.
Aspectos, nem sempre naturais para todos, são trabalhados, como a curiosidade. Através deste aspecto a pessoa busca através das informações a compreensão detalhada e reflete melhor sobre as ações.
Atenção aos detalhes, organização, foco e assertividade, são outras características importantes, que ao longo destes programas de desenvolvimento vão sendo trabalhados em segundo plano.
Por fim, é possível que as pessoas adquiram de forma aprendida a capacidade analítica e passem a preferir atuar de acordo com fatos ao invés de intuições para minimizar os riscos.
Receptividade das equipes com Programas de Desenvolvimento
Em entrevista com Eduardo Brandão, Cientista de Dados na Dojo Technology, ele destaca que segundo a sua imersão em diversos times de diversas empresas, percebe que a maturidade analítica é ainda muito baixa, mas que na maioria dos casos, os próprios colaboradores reconhecem a importância de desenvolver os próprios conhecimentos sobre análises de dados, seja para o desenvolvimento da empresa que atuam, ou por suas próprias carreiras, uma vez que o mercado tem procurado cada vez mais este perfil.
Eduardo ministra aulas do Data Literacy, programa de alfabetização de dados para clientes e no último ano participaram do programa cerca de 600 pessoas. Ele menciona que devido a popularidade dos termos, a maioria dos questionamentos está direcionado para inteligência artificial e ferramentas pré-prontas, ele completa:
“É interessante pois na jornada de dados a inteligência artificial é um dos últimos passos, então temos todo um trabalho de retomar a atenção para o início, para as perguntas e dados disponíveis.”
Considerando a pluralidade de perfis e maturidade com o tema, se pensarmos em equipes de tecnologia ou de núcleos de negócios, existe uma relevância em ter temas adaptados para os públicos.
“Dentro do programa Data Literacy, passamos desde conceitos, a exemplos reais com foco em fornecer as ferramentas necessárias para os participantes conseguirem identificar oportunidades de projetos no próprio local de trabalho e também trabalhar em projetos com dados. As aulas são adaptadas para o perfil dos alunos, sejam times de tecnologia ou de negócios” , diz Eduardo.
Ao final do programa, Eduardo percebe uma melhora significativa em conhecimentos, iniciativas e engajamento dos times, ele destaca: “A maturidade das perguntas melhora, o pessoal começa a migrar de perguntas mais genéricas para perguntas mais aplicadas à própria realidade, demonstrando uma reflexão de oportunidades no ambiente em que estão inseridos.”
Com a associação do tema Dados a própria realidade a qual estão inseridos, é possível notar que existe um ganho de maturidade, fator primordial para a implementação das soluções nas áreas. Além disso, mesmo sendo uma capacidade aprendida, nota-se um envolvimento e validação dos participantes: “Em pesquisa de satisfação realizada ao final de cada aplicação, sempre obtivemos na média notas entre 4 e 5, numa escala de 0 a 5, para todas as aulas ministradas. Quanto aos feedbacks das lideranças, também temos um excelente retorno.”
Compreende-se que existe um anseio e uma abertura dos profissionais de mercado e das empresas de forma mais global na aceitação do tema. Com a crescente escalada dos dados no mercado, diversos cases de sucesso são observados, mais informações são compartilhadas e cada vez mais as empresas percebem a necessidade latente em buscar por este caminho e transformar suas corporações.
Neste sentido, ao encontrar o parceiro ideal para a construção desta jornada, também revela-se a necessidade da educação de toda a rede interna para a absorção deste novo momento e melhor aproveitamento das transformações.
Podemos considerar que um programa eficiente de treinamento em dados é aquele que fala a linguagem das equipes, que se conecta com cada realidade e busca fornecer muito mais que informações complexas, fornece as informações necessárias, de forma fácil para que se torne possível que cada pessoa envolvida no processo passe a questionar mais no seu dia a dia as diversas demandas que chegam, passem a ser mais curiosos de entender os pontos motivadores de algo que deu muito certo ou que não obteve o resultado esperado e, finalmente ao encontrar através dos dados as respostas, possam de forma muito mais clara tomar as decisões mais assertivas.
Esses são alguns dos estímulos fornecidos pelo Programa Data Literacy da Dojo Technology, que busca tornar mais fácil toda a construção desta jornada, entregar os resultados esperados e obter a satisfação total dos seus clientes em cada uma das entregas.
